Fundada em 1956, a Gravura correspondeu à ambição de democratização das práticas artísticas através da difusão de obras gravadas, simbolicamente a simbiose entre a artesania da prática artística e a produção de múltiplos que transportassem a arte para públicos mais amplos. Inicialmente muito ligada ao movimento neorrealista, a Gravura cruzou o seu caminho com a Seara Nova, mas também com os experimentalismos da década de 1970, mantendo uma intensa atividade de produção, formação e exposição.
A exposição apresenta um conjunto de 60 gravuras que incluem obras dos mais relevantes artistas portugueses da segunda metade do século XX, fazendo assim um percurso pelas várias tipologias, estratégias e metamorfoses do uso da gravura e pela história da arte contemporânea nacional.
“Durante o processo de conceção e organização da exposição tornou-se evidente que a Gravura tinha sido, ao longo dos quase cinquenta anos da sua atividade, um espelho e um motor dos desenvolvimentos da arte em Portugal, um reflexo dos anseios de sucessivas gerações de artistas que aí concretizaram aspirações ideológicas e políticas, mas também formas que se pretendiam inovadoras de relação entre a arte e imagem, entre manufatura e processos mecânicos de reprodução entre preocupações estéticas e a construção das suas condições de receção.
Numa perspetiva mais ampla, a Gravura foi também um ensaio de renovação dos processos de colecionismo num país onde o exíguo mercado de arte parecia despontar para uma democratização que antecedeu por vinte anos a abertura política e que, durante a década de 1970, aqui encontrou um pequeno reduto de continuidade, quando as circunstâncias políticas e económicas do país impunham outras prioridades, mais urgentes.”
David Santos e Delfim Sardo
Fundada em 1956, a Gravura correspondeu à ambição de democratização das práticas artísticas através da difusão de obras gravadas, simbolicamente a simbiose entre a artesania da prática artística e a produção de múltiplos que transportassem a arte para públicos mais amplos. Inicialmente muito ligada ao movimento neorrealista, a Gravura cruzou o seu caminho com a Seara Nova, mas também com os experimentalismos da década de 1970, mantendo uma intensa atividade de produção, formação e exposição.
A exposição apresenta um conjunto de 60 gravuras que incluem obras dos mais relevantes artistas portugueses da segunda metade do século XX, fazendo assim um percurso pelas várias tipologias, estratégias e metamorfoses do uso da gravura e pela história da arte contemporânea nacional.
“Durante o processo de conceção e organização da exposição tornou-se evidente que a Gravura tinha sido, ao longo dos quase cinquenta anos da sua atividade, um espelho e um motor dos desenvolvimentos da arte em Portugal, um reflexo dos anseios de sucessivas gerações de artistas que aí concretizaram aspirações ideológicas e políticas, mas também formas que se pretendiam inovadoras de relação entre a arte e imagem, entre manufatura e processos mecânicos de reprodução entre preocupações estéticas e a construção das suas condições de receção.
Numa perspetiva mais ampla, a Gravura foi também um ensaio de renovação dos processos de colecionismo num país onde o exíguo mercado de arte parecia despontar para uma democratização que antecedeu por vinte anos a abertura política e que, durante a década de 1970, aqui encontrou um pequeno reduto de continuidade, quando as circunstâncias políticas e económicas do país impunham outras prioridades, mais urgentes.”
David Santos e Delfim Sardo
Organização
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Caixa Geral de Depósitos
Culturgest
Concepção
David Santose
Delfim Sardo
Produção
Caixa Geral de Depósitos
Culturgest
Montagem
Culturgest
Texto
David Santose
Delfim Sardo
Tradução
Hugo Carriço (Estagiário FLUC)
Design Gráfico
Culturgest