«Nuvens… Existo sem que o saiba e morrerei sem que o queira. Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que sonho e o que a vida fez de mim, a média abstracta e carnal entre coisas que não são nada, sendo eu nada também. Nuvens…»
Fernando Pessoa in Livro do Desassossego (após 18/10/1931)
Este círculo, que nunca foi fechado, apresentou-se desde sempre como uma estrutura permeável, interrompida e recetiva à experiência e ao exercício da liberdade. Em suma, este círculo, tal como qualquer entidade viva, é desassossegado, e existe entre o que é e o que poderá ou não vir a ser. Esta exposição formaliza-se enquanto um vínculo, uma dobra no agora, e, neste sentido, esta exposição não é uma exposição: é um círculo aberto, permeável, recetivo, que se apresenta capaz de olhar para trás e fazer outra vez, mais uma vez.
Este círculo, por se configurar como um triângulo equilátero, encontra-se dividido em três simples e diretos acontecimentos: o foco, a estratégia-armadilha e o tempo. Cada um destes acontecimentos se articula ora por justaposição, ora por alternância. O foco é o acontecimento que procura refletir no sentido, na estratégia e no modus operandi de uma coleção de arte pertencente ao CAPC; a estratégia-armadilha procurará ser um dispositivo relacional onde obra e público se encontram; o tempo não é entendido como uma realidade absoluta, mas como um tempo mutante que permite a cada instante reequacionar a direção e o sentido, contribuindo para uma redefinição do lugar.
«Nuvens… Existo sem que o saiba e morrerei sem que o queira. Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que sonho e o que a vida fez de mim, a média abstracta e carnal entre coisas que não são nada, sendo eu nada também. Nuvens…»
Fernando Pessoa in Livro do Desassossego (após 18/10/1931)
Este círculo, que nunca foi fechado, apresentou-se desde sempre como uma estrutura permeável, interrompida e recetiva à experiência e ao exercício da liberdade. Em suma, este círculo, tal como qualquer entidade viva, é desassossegado, e existe entre o que é e o que poderá ou não vir a ser. Esta exposição formaliza-se enquanto um vínculo, uma dobra no agora, e, neste sentido, esta exposição não é uma exposição: é um círculo aberto, permeável, recetivo, que se apresenta capaz de olhar para trás e fazer outra vez, mais uma vez.
Este círculo, por se configurar como um triângulo equilátero, encontra-se dividido em três simples e diretos acontecimentos: o foco, a estratégia-armadilha e o tempo. Cada um destes acontecimentos se articula ora por justaposição, ora por alternância. O foco é o acontecimento que procura refletir no sentido, na estratégia e no modus operandi de uma coleção de arte pertencente ao CAPC; a estratégia-armadilha procurará ser um dispositivo relacional onde obra e público se encontram; o tempo não é entendido como uma realidade absoluta, mas como um tempo mutante que permite a cada instante reequacionar a direção e o sentido, contribuindo para uma redefinição do lugar.
Organização
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Produção
Ana Sousa
Catarina Bota Leal
Assistência à produção
Jorge das Neves
Ivone Antunes
Montagem
Jorge das Neves
Fotografia
Jorge das Neves
Texto
Cristina Mateus
Nuno Sousa Vieira
Tradução
Hugo Carriço (Estagiário FLUC)
Revisão
Carina Correia
Direção de Arte
João Bicker
Design Gráfico
Joana Monteiro
Assessoria de imprensa
Isabel Campante (Ideias Concertadas)