A nossa geração e o nosso tempo não nos trouxeram uma batalha épica, como aquelas que travaram os arquitetos do século XX, sucessivamente, em lutas por uma nova cidade. Mas herdámos seguramente desse imaginário um espírito crítico e combativo que vê na arquitetura uma força transformadora de relevância pública, cultural e social. Afinal, essas novas cidades continuam (continuarão sempre) por cumprir, cabendo-nos continuar a ansiá-las.
Acordamos para o nosso combate todos os dias, procurando interpretar verdadeiramente cada problema que nos é imposto e tentando de forma crítica extrair da permanente escassez (da regulamentação, do enunciado do programa, de orçamento, de tempo) algo mais do que apenas o que nos é pedido, algo mais que nos cumpre, sempre, exigir. É esse mais, essa ânsia, que nos desafia e guia a nossa investigação.
Numa escala alargada, os edifícios que reabilitamos, ou construímos de novo, querem juntar-se a uma transformação positiva do território e do edificado. Querem acrescentar-se à sua permanente discussão. Numa escala mais aproximada, procuram na espessura da sua materialidade e em cada sistema construtivo atender a novos esquemas espaciais de resposta ao nosso tempo, olhando simultaneamente ao que foi e ao que virá.
É entre esta escala da totalidade e a escala da particularidade que nos lembramos das palavras de Simone de Beauvoir: «É no conhecimento das condições autênticas da nossa vida que devemos buscar a força para viver e as razões para agir.» Que é a arquitetura senão uma ferramenta deste aforismo? Os três projetos que aqui se apresentam são apenas três escolhas, em três momentos diferentes, em três circunstâncias distintas, que procuraram a sua razão para agir.
depA architects
A nossa geração e o nosso tempo não nos trouxeram uma batalha épica, como aquelas que travaram os arquitetos do século XX, sucessivamente, em lutas por uma nova cidade. Mas herdámos seguramente desse imaginário um espírito crítico e combativo que vê na arquitetura uma força transformadora de relevância pública, cultural e social. Afinal, essas novas cidades continuam (continuarão sempre) por cumprir, cabendo-nos continuar a ansiá-las.
Acordamos para o nosso combate todos os dias, procurando interpretar verdadeiramente cada problema que nos é imposto e tentando de forma crítica extrair da permanente escassez (da regulamentação, do enunciado do programa, de orçamento, de tempo) algo mais do que apenas o que nos é pedido, algo mais que nos cumpre, sempre, exigir. É esse mais, essa ânsia, que nos desafia e guia a nossa investigação.
Numa escala alargada, os edifícios que reabilitamos, ou construímos de novo, querem juntar-se a uma transformação positiva do território e do edificado. Querem acrescentar-se à sua permanente discussão. Numa escala mais aproximada, procuram na espessura da sua materialidade e em cada sistema construtivo atender a novos esquemas espaciais de resposta ao nosso tempo, olhando simultaneamente ao que foi e ao que virá.
É entre esta escala da totalidade e a escala da particularidade que nos lembramos das palavras de Simone de Beauvoir: «É no conhecimento das condições autênticas da nossa vida que devemos buscar a força para viver e as razões para agir.» Que é a arquitetura senão uma ferramenta deste aforismo? Os três projetos que aqui se apresentam são apenas três escolhas, em três momentos diferentes, em três circunstâncias distintas, que procuraram a sua razão para agir.
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1. Casa da Cultura de Pinhel
Arquitetura e projeto expositivo depA architects, Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Luís Sobral, Carlos Guimarães, Margarida Leitão
Especialidades CPX, Edgar Brito, Ncrep
Fotografia José Campos
Museografia Glorybox
Construtor Biosfera Construções
Cliente Município de Pinhel
2. Concurso para a Residência Luís de Camões
Arquitetura depA architects, Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Luís Sobral, Ângela Meireles, Hugo Silva, Joana Dias, João Marques, João Suguihara, Lucas Costa, Luísa Marques, Manuel Vilaça, Margarida Leitão, Raquel Stattmiller, Saskia Epp
Especialidades Valeng, Vertente Rabisco, MSE, East Sun, BF Engenharia, Joana Leitão Teixeira,
Mudita Studio
Cliente Universidade de Coimbra
3. Intervenções no Parque de Serralves
Pavilhão Líquido
Arquitetura depa Architects, Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Luís Sobral, Ângela Meireles, Hugo Sobrosa, Margarida Leitão, Miguel Santos, Sara Pontes
Especialidades Edgar Brito, CPX
Fotografia José Campos
Construtor ArtWorks
Cliente Fundação de Serralves
Estufa Pedagógica e Galinheiro
Arquitetura depA architects, Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Luís Sobral, Ângela Meireles, Hugo Silva, Joana Dias, Lucas Costa, Luísa Marques, Manuel Vilaça, Margarida Leitão, Mariana Horta
Estabilidade Valeng
Fotografia Francisco Ascensão
Construtor Carmo Estruturas em Madeira
Cliente Fundação de Serralves
Exposição
Organização
CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Coordenação de Produção
Daniel Madeira
Lisiane Mutti
Assistência à produção
Ivone Antunes
Montagem
Jorge das Neves (coordenação)
Marco Graça
Design gráfico
Alexandra Oliveira
João Bicker
Fotografia
Jorge das Neves
Texto
depA architects
Tradução
Hugo Carriço (Estagiário FLUC)
Revisão
Carina Correia
Coordenação do Programa Educativo
Jorge Cabrera
Direção Financeira
Abilis
Coordenação administrativa e financeira
Lisiane Mutti