Este momento expositivo não tem como critério ser um prolongamento da digressão perceptiva em torno da contemporaneidade artística portuguesa que constitui a exposição On above, comissariada por Victor Diniz, presente no CAPC Sereia.
Neste espaço fundador comparecem e revivem-se, nas suas fragilidades operacionais, produtos da experiência e dos modos de ser do CAPC. Sem pretensões de colocar em evidência uma hipótese historiográfica do que foi e é o CAPC, estes objectos doados pelos próprios artistas, outros de proveniência desconhecida, e outros, ainda, deixados pelos seus autores, organizam-se, aqui, no lugar físico onde se domiciliou a antiguidade heróica do CAPC, como possível material de estudo sobre um tempo em que, para uma comunidade artística empenhada na tarefa de pensar uma nova relação com a ideia de Arte, a sigla CAPC remetia para um laboratório de práticas expressivas de reflexão e de activismo artístico e, em concreto, para um espaço de enorme abertura conceptual sobre o fazer artístico moderno. Formas de realização artística de uma época determinada que carregavam consigo o desejo de emancipação, de superação da história, da tradição e das convenções; impulsos críticos e interrogativos sobre o regime artístico ocidental, estes objectos servem para acentuar na temporalidade presente a perspectiva do CAPC, superar os seus limites actuais, os condicionalismos do seu “hoje” e aprofundar a sua identidade.
Carlos Antunes, Pedro Pousada e António Olaio
Coimbra 28 de Setembro de 2010
Este momento expositivo não tem como critério ser um prolongamento da digressão perceptiva em torno da contemporaneidade artística portuguesa que constitui a exposição On above, comissariada por Victor Diniz, presente no CAPC Sereia.
Neste espaço fundador comparecem e revivem-se, nas suas fragilidades operacionais, produtos da experiência e dos modos de ser do CAPC. Sem pretensões de colocar em evidência uma hipótese historiográfica do que foi e é o CAPC, estes objectos doados pelos próprios artistas, outros de proveniência desconhecida, e outros, ainda, deixados pelos seus autores, organizam-se, aqui, no lugar físico onde se domiciliou a antiguidade heróica do CAPC, como possível material de estudo sobre um tempo em que, para uma comunidade artística empenhada na tarefa de pensar uma nova relação com a ideia de Arte, a sigla CAPC remetia para um laboratório de práticas expressivas de reflexão e de activismo artístico e, em concreto, para um espaço de enorme abertura conceptual sobre o fazer artístico moderno. Formas de realização artística de uma época determinada que carregavam consigo o desejo de emancipação, de superação da história, da tradição e das convenções; impulsos críticos e interrogativos sobre o regime artístico ocidental, estes objectos servem para acentuar na temporalidade presente a perspectiva do CAPC, superar os seus limites actuais, os condicionalismos do seu “hoje” e aprofundar a sua identidade.
Carlos Antunes, Pedro Pousada e António Olaio
Coimbra 28 de Setembro de 2010
Organização
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Montagem
Círculo de Artes Plásticas
Texto
António Olaio
Carlos Antunes
Pedro Pousada