A possibilidade de visita às reservas é cada vez mais um momento chave de interacção das instituições com o público. O acervo que se coleciona nem sempre está acessível, quer pelas necessidades específicas de conservação e acondicionamento, quer por se encontrarem em empréstimo noutras instituições onde se integram em exposições, quer ainda pelo programa curatorial definido pela instituição.
Se há instituições que programam exposições em torno da sua colecção, integrando ou não obras de empréstimo em torno de um tema curatorial, também recebem exposições de outras colecções, permitindo que estas circulem e cheguem a um maior número de público. Mas também é possível expor sem ter colecção, uma vez que ela não é condição essencial para ter programação, uma vez que cada exposição, seja da sua própria colecção ou de colecção externa à instituição, permite um novo olhar ao selecionar e reagrupar obras, criando novas cumplicidades, novas leituras, novas relações com os espaços que as acolhem.
Partindo então de colecções, também cada vez mais se procura mostrar parcialmente as reservas, os locais onde essas obras estão acondicionadas – reservas visitáveis, que na prática são exposições temporárias informais, onde se revelam algumas obras, em restauro ou não, que mais tarde irão ser mostradas, criando laços de cumplicidade com o público. Na verdade o que se mostra, é cuidadosamente trabalhado, para ser integrado na próxima exposição, ou quando não é possível expor, pelo seu estado de conservação, então ganha a autonomia de exposição temporária.
Se esta prática é corrente em muitos museus, galerias e outras instituições culturais, permitir que se visite a colecção no seu ambiente de reserva, sem a mediação do discurso do curador e do espaço expositivo, é uma apresentação sem rede, correndo todos os riscos que essa leitura poderá ter. A colecção mostra-se, desvela-se. Deixa-se ver enquanto é registada para ser catalogada, arquivada.
Procura uma cumplicidade sem mediação com o público. Esse momento singular é uma oportunidade nem sempre possível.
Reserva aberta é também a primeira apresentação pública da colecção organizada em arquivadores verticais formais que resultam de um apoio mecenático do Casino da Figueira da Foz.
Désirée Pedro
A possibilidade de visita às reservas é cada vez mais um momento chave de interacção das instituições com o público. O acervo que se coleciona nem sempre está acessível, quer pelas necessidades específicas de conservação e acondicionamento, quer por se encontrarem em empréstimo noutras instituições onde se integram em exposições, quer ainda pelo programa curatorial definido pela instituição.
Se há instituições que programam exposições em torno da sua colecção, integrando ou não obras de empréstimo em torno de um tema curatorial, também recebem exposições de outras colecções, permitindo que estas circulem e cheguem a um maior número de público. Mas também é possível expor sem ter colecção, uma vez que ela não é condição essencial para ter programação, uma vez que cada exposição, seja da sua própria colecção ou de colecção externa à instituição, permite um novo olhar ao selecionar e reagrupar obras, criando novas cumplicidades, novas leituras, novas relações com os espaços que as acolhem.
Partindo então de colecções, também cada vez mais se procura mostrar parcialmente as reservas, os locais onde essas obras estão acondicionadas – reservas visitáveis, que na prática são exposições temporárias informais, onde se revelam algumas obras, em restauro ou não, que mais tarde irão ser mostradas, criando laços de cumplicidade com o público. Na verdade o que se mostra, é cuidadosamente trabalhado, para ser integrado na próxima exposição, ou quando não é possível expor, pelo seu estado de conservação, então ganha a autonomia de exposição temporária.
Se esta prática é corrente em muitos museus, galerias e outras instituições culturais, permitir que se visite a colecção no seu ambiente de reserva, sem a mediação do discurso do curador e do espaço expositivo, é uma apresentação sem rede, correndo todos os riscos que essa leitura poderá ter. A colecção mostra-se, desvela-se. Deixa-se ver enquanto é registada para ser catalogada, arquivada.
Procura uma cumplicidade sem mediação com o público. Esse momento singular é uma oportunidade nem sempre possível.
Reserva aberta é também a primeira apresentação pública da colecção organizada em arquivadores verticais formais que resultam de um apoio mecenático do Casino da Figueira da Foz.
Désirée Pedro
Organização
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Produção
Mariana Abrantes
Pedro Valentim
Assistência à produção
Mariana Abrantes
Laurindo Marta
Pedro Valentim
Paulo Castanheira
Montagem
Jorge Neves
Laurindo Marta
Luís Sequeira
Paulo Castanheira
Fotografia
Jorge Neves
Imagem e Som
Diogo Pereira
Texto
Desirée Pedro
Tradução
Hugo Carriço (Estagiário FLUC)
Secretariado
Ivone Antunes
Arquivo e Biblioteca
Cláudia Paiva
Direção de Arte
Artur Rebelo
Lizá Ramalho
João Bicker
Design Gráfico
unit-lab, por
Francisco Pires e Marisa Leiria
Projeto educativo
Jorge das Neves
Magda Henriques
Mariana Abrantes
Pedro Sá Valentim