Répétition
Cristina Mateus
2015
até 
9
May 2015
Círculo Sereia
Répétition

Répétition

Exposição Coletiva

Répétition

Exposição Coletiva

14
March 2015
a
9
May 2015
Círculo Sereia

A exposição Répétition de Cristina Mateus lembra uma exposição antiga que se chamou Esta é a minha imagem feita no Círculo de Artes Plásticas em 1995. É uma lembrança como outras lembranças que estão também na exposição.

Répétition é um título estrangeiro. Em Francês, a palavra, está ligada à ideia de ensaio na música. ENSAIAR A EXPOSIÇÃO é como fazer outra vez, quase da mesma maneira. Só a distância do tempo poderá ter alterado alguma coisa. Em Répétition há ritmo, há imagens que vêm e há imagens que não estão lá.

“soon to have offspring, start it all over.

raínha.

não me gozes.

pode lá chegar-se de tantas maneiras, tantas, tantas.

a coimbra?

parvo.

sim.

pelo menos volta-se a pintar.

é difícil, sabes, com tudo já feito.

mas é como nas toalhas, há sempre franjas, artifícios.

o problema das cores é que foram sempre outros a quererem saber.

não percebo.

outros, forasteiros, físicos, suiços, gajos que gostavam de estudar traças.

tinhas razão naquilo da répétition.

sim.

o francês dá para muita coisa.

porque é que fazes isto.

cada um vê o que quer.

mas há-de haver uma coisa qualquer.

um hífen, ainda.

un petit abreuvoir pour ceux que la langage a désertés.

pour l’ombre des enfants

é tudo tão sério.

podias fazer qualquer coisa que servisse para qualquer coisa.

o problema é vermos num sistema de três.

e depois andarmos e juntarmos sempre tudo aos pares.

dá uma dúzia mas, para muitas coisas, são precisos mais.

podes sempre fazer um meyers-briggs mas lá vem sempre a história das cores.

mínimos múltiplos comuns não servem.

como é que se chamava aquele sem cabelo?

tinha umas rodelas que combinavam cores.

uma minha antiga namorada ficou com isso.

também tens uma fotografia dela e era tudo a fingir.

não.

ou fazer uma coisa para misturar pessoas, a ver se ligam bem.

dás-lhes categorias e mandas-lhes com o cmyk para cima.

e havia pessoas cinzentas porque havia mesmo.

eu tinha medo.

não é coisa que a cor consiga provocar.

dá para pouco.

pois é.

e dá mais para números do que para letras.

mas pelo menos agora já volta a haver tinta.

mas mais do tipo bâtiment.

mas depois há sempre palavras e mais palavras.

e a coisa da nudez, e nunca se chega a ver nem um mamilo, nada.

nada de nada.

era só para levar as pessoas ao fundo.

pelo menos já não dás uma para a caixa.

boîte-en-valise.

não.

era francês.

lá está.

desculpa mas afinal ainda vou usar umas de luz.

juntas o rgb ao cmyk.

que confusão.

ainda se fossem figuras de estilo.

uma epanadiplose seria mais na mouche.

há uns urinóis com uma para se fazer pontaria.

voltamos ao francês.

sim, e ao bâtiment.

acho que depois se naturalizou americano.

como a arte.

se fosse eu não saberia nunca o que fazer.

ou melhor, sei, mas ando a adiar.

com estática é que não te estou nada a ver.

e o chão cheio de fios, com fita-cola por cima para não se tropeçar.

podes pôr outros barulhos.

sant’ovídio.

pois, e há seres de coimbra.

e tu a fazer a roda.

não percebo.

a tua, com o muro encostado.

em que punhamos músicas diferentes.

não matem o nosso folclore.

fogo.

que estupidez.

letras diferentes.”

Pedro Abranches Vasconcelos

A exposição Répétition de Cristina Mateus lembra uma exposição antiga que se chamou Esta é a minha imagem feita no Círculo de Artes Plásticas em 1995. É uma lembrança como outras lembranças que estão também na exposição.

Répétition é um título estrangeiro. Em Francês, a palavra, está ligada à ideia de ensaio na música. ENSAIAR A EXPOSIÇÃO é como fazer outra vez, quase da mesma maneira. Só a distância do tempo poderá ter alterado alguma coisa. Em Répétition há ritmo, há imagens que vêm e há imagens que não estão lá.

“soon to have offspring, start it all over.

raínha.

não me gozes.

pode lá chegar-se de tantas maneiras, tantas, tantas.

a coimbra?

parvo.

sim.

pelo menos volta-se a pintar.

é difícil, sabes, com tudo já feito.

mas é como nas toalhas, há sempre franjas, artifícios.

o problema das cores é que foram sempre outros a quererem saber.

não percebo.

outros, forasteiros, físicos, suiços, gajos que gostavam de estudar traças.

tinhas razão naquilo da répétition.

sim.

o francês dá para muita coisa.

porque é que fazes isto.

cada um vê o que quer.

mas há-de haver uma coisa qualquer.

um hífen, ainda.

un petit abreuvoir pour ceux que la langage a désertés.

pour l’ombre des enfants

é tudo tão sério.

podias fazer qualquer coisa que servisse para qualquer coisa.

o problema é vermos num sistema de três.

e depois andarmos e juntarmos sempre tudo aos pares.

dá uma dúzia mas, para muitas coisas, são precisos mais.

podes sempre fazer um meyers-briggs mas lá vem sempre a história das cores.

mínimos múltiplos comuns não servem.

como é que se chamava aquele sem cabelo?

tinha umas rodelas que combinavam cores.

uma minha antiga namorada ficou com isso.

também tens uma fotografia dela e era tudo a fingir.

não.

ou fazer uma coisa para misturar pessoas, a ver se ligam bem.

dás-lhes categorias e mandas-lhes com o cmyk para cima.

e havia pessoas cinzentas porque havia mesmo.

eu tinha medo.

não é coisa que a cor consiga provocar.

dá para pouco.

pois é.

e dá mais para números do que para letras.

mas pelo menos agora já volta a haver tinta.

mas mais do tipo bâtiment.

mas depois há sempre palavras e mais palavras.

e a coisa da nudez, e nunca se chega a ver nem um mamilo, nada.

nada de nada.

era só para levar as pessoas ao fundo.

pelo menos já não dás uma para a caixa.

boîte-en-valise.

não.

era francês.

lá está.

desculpa mas afinal ainda vou usar umas de luz.

juntas o rgb ao cmyk.

que confusão.

ainda se fossem figuras de estilo.

uma epanadiplose seria mais na mouche.

há uns urinóis com uma para se fazer pontaria.

voltamos ao francês.

sim, e ao bâtiment.

acho que depois se naturalizou americano.

como a arte.

se fosse eu não saberia nunca o que fazer.

ou melhor, sei, mas ando a adiar.

com estática é que não te estou nada a ver.

e o chão cheio de fios, com fita-cola por cima para não se tropeçar.

podes pôr outros barulhos.

sant’ovídio.

pois, e há seres de coimbra.

e tu a fazer a roda.

não percebo.

a tua, com o muro encostado.

em que punhamos músicas diferentes.

não matem o nosso folclore.

fogo.

que estupidez.

letras diferentes.”

Pedro Abranches Vasconcelos

Artistas

Cristina Mateus

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Terça a sábado 14h00 às 18h00

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Agradecimentos

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Mais informações

Ficha técnica

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Organização
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra

Produção
Joana Jeremias
Mariana Abrantes
Mariana Martins
Mariana Roque

Montagem
Jorge Neves
Luís Sequeira

Imagem e Som
Diogo Pereira

Secretariado
Ivone Antunes

Texto
Pedro Abranches Vasconcelos

Arquivo e Biblioteca
Cláudia Paiva

Design Gráfico
unit-lab, por
Francisco Pires e Marisa Leiria

Apoios

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