Ciclo Espelho – Linha d'Água
Rita Gaspar Vieira
2014
até 
28
June 2014
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Ciclo Espelho – Linha d'Água

Ciclo Espelho – Linha d'Água

Collective Exhibition

Ciclo Espelho – Linha d'Água

Exposição Coletiva

24
May 2014
to
28
June 2014
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

Linha d’Água

A água é elemento indissociável da história do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

Foi o avanço das águas do Mondego que lenta e progressivamente ditou o seu abandono. Outrora refúgio, durante quase três séculos, ruína.

Quando, em finais do séc. XX, se entendeu recuperar e requalificar este espaço, com a criação do Centro de Interpretação do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, fragmentos da cantaria (decorativa e funcional) do velho edifício foram dispostos e expostos sob a nova construção.

Entre estes achados arqueológicos está diversa cantaria outrora usada para recolha e aproveitamento das águas pluviais, desprovida agora de funcionalidade, memória de algo que já não é. Ao simular (replicar) por momentos a sua anterior função, ainda que vertendo sobre eles não água mas pasta de papel, Rita Gaspar Vieira foi tornando visível a sua forma, os seus atributos e as cicatrizes provocadas pelo uso e pelo tempo.

A posterior deslocação do molde-desenho para colocação no interior do espaço-museu e aí, a sua exposição com recurso a apetrechos modernos de semelhante cariz utilitário, conferem à peça valor acrescido enquanto registo das características do modelo mas também, como sempre se espera que aconteça nestes fenómenos de recontextualização museológica, enquanto elemento evocativo de uma série de materiais e procedimentos esquecidos e alienados mas merecedores de atenção e interpretação renovadas.

Acontece com o molde-desenho no museu como com a peça de cantaria no rés-do-chão. A transcrição em contextos díspares do original sustenta, fomenta e estimula o potencial crítico e reflexivo do objecto apresentado.

Esta estranheza cresce pela utilização do material-papel que replica e magnifica com acrescida exactidão e sensibilidade as características do modelo original.

Curioso é também que os procedimentos e processos utilizados por Rita Gaspar Vieira em Linha d’Água façam jus à duplicidade e ao potencial mimético evocados pelo título deste ciclo de exposições: Espelho.

Andreia Poças
Maio de 2014

Linha d’Água

A água é elemento indissociável da história do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

Foi o avanço das águas do Mondego que lenta e progressivamente ditou o seu abandono. Outrora refúgio, durante quase três séculos, ruína.

Quando, em finais do séc. XX, se entendeu recuperar e requalificar este espaço, com a criação do Centro de Interpretação do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, fragmentos da cantaria (decorativa e funcional) do velho edifício foram dispostos e expostos sob a nova construção.

Entre estes achados arqueológicos está diversa cantaria outrora usada para recolha e aproveitamento das águas pluviais, desprovida agora de funcionalidade, memória de algo que já não é. Ao simular (replicar) por momentos a sua anterior função, ainda que vertendo sobre eles não água mas pasta de papel, Rita Gaspar Vieira foi tornando visível a sua forma, os seus atributos e as cicatrizes provocadas pelo uso e pelo tempo.

A posterior deslocação do molde-desenho para colocação no interior do espaço-museu e aí, a sua exposição com recurso a apetrechos modernos de semelhante cariz utilitário, conferem à peça valor acrescido enquanto registo das características do modelo mas também, como sempre se espera que aconteça nestes fenómenos de recontextualização museológica, enquanto elemento evocativo de uma série de materiais e procedimentos esquecidos e alienados mas merecedores de atenção e interpretação renovadas.

Acontece com o molde-desenho no museu como com a peça de cantaria no rés-do-chão. A transcrição em contextos díspares do original sustenta, fomenta e estimula o potencial crítico e reflexivo do objecto apresentado.

Esta estranheza cresce pela utilização do material-papel que replica e magnifica com acrescida exactidão e sensibilidade as características do modelo original.

Curioso é também que os procedimentos e processos utilizados por Rita Gaspar Vieira em Linha d’Água façam jus à duplicidade e ao potencial mimético evocados pelo título deste ciclo de exposições: Espelho.

Andreia Poças
Maio de 2014

Artists

Rita Gaspar Vieira

Curated by

No items found.

Curadoria

No items found.

Exhibition Views

No items found.
No items found.

Video

Location and schedule

Location

Localização

Tuesday to Saturday 2 p.m. to 6 p.m.

External link

Associated activities

Não foram encontradas atividades associadas.

Exhibition room sheet

Acknowledgements

Notícias Associadas

More information

Technical sheet

Open technical sheet

Support

No items found.

Institutional support