Ciclo Pintado de Fresco: N10 Indoor
COMOCO Arquitectos
2014
até 
22
January 2014
Círculo Sede
Ciclo Pintado de Fresco: N10 Indoor

Ciclo Pintado de Fresco: N10 Indoor

Collective Exhibition

Ciclo Pintado de Fresco: N10 Indoor

Exposição Coletiva

22
December 2013
to
22
January 2014
Círculo Sede

N10-II Indoor

O Atelier COMOCO tem vindo a construir uma obra de grande consistência assente na experimentação e domínio de processos construtivos, da qual o N10-II Indoor, é um exemplo. Trata-se um pavilhão industrial, localizado na área industrial da Ponte de Eiras, em Coimbra norte, onde se situam 2 campos de futebol in-door, área de festas e respectivas valências de apoio.

O equipamento que o colectivo COMOCO projectou contém a recepção, os balneários e área de festas. É um objecto definido num gesto contido e eficaz, que delimita e organiza o programa funcional. Pelo modo como se afasta da entrada e encosta lateralmente à preexistência, o espaço intersticial ganha uma nova e surpreendente intencionalidade espacial.

Acede-se a esta nave por uma porta tratada como uma caixa, que se projecta de dentro para fora, anunciando o ritmo da caixa interior. A rampa que prolonga a base sobre a qual pousa a nova intervenção e a modelação do revestimento em aço, formalizam o pórtico, marcando inequivocamente, mas sem monumentalidade, a entrada. O confronto entre escalas que resulta deste novo objecto, caixa horizontal que se posiciona perpendicularmente ao eixo longitudinal das naves do pavilhão, cria uma tensão, resolúvel, entre ambas. Neste espaço preexistente disponível para ser intervencionado, que aponta direcções e eixos perspéticos, a proposta procura contrariar a evidência, ou melhor, o expectável, sem criar ruptura. Assim a caixa resulta de uma estrutura porticada em madeira, de secção delgada, que desenha com um rigor absoluto uma métrica que se repete em todo o comprimento e largura. Este ritmo é acentuado quer pela quadricula da cobertura em mdf quer pelo prolongamento perimetral da sombra dos pilares, através do revestimento no mesmo material. Consegue-se com este ritmo sequencial criar um jogo cénico entre o cheio e o vazio. Cénico porque recorre ao uso da luz, mas sobretudo à sombra, conseguindo assim criar a ilusão da massa onde apenas existem intersecções de planos. Consegue-se então percepcionar numa primeira leitura a quadrícula da cobertura como se tratasse de um tecto de caixotões, mas imediatamente essa ilusão é quebrada quando percorrido porque se mostram as paredes e tectos da nave. O uso dramático da sombra possibilita então uma surpreendente leitura do espaço.

Este rigor conceptual e construtivo ganha novas possibilidades semânticas, pelo modo como se usam os planos que definem e encerram os programas, marcando as entradas, corredores de distribuição e a “sala” onde se realizam as festas. A utilização dos materiais crus, sem acabamento, a par da assunção de ferragens de ligação e de deslizamento de portas, procura um despojamento de acabamentos, procura a verdade dos materiais. Esta opção revela-se ainda no embasamento da caixa, onde o betão afagado apresenta uma estereotomia resultante da estrutura porticada e da quadricula da cobertura.

Esta obra é inteligente e de uma grande eficácia, pela capacidade de construir um espaço rigoroso conceptualmente e construtivamente, inscrito numa matriz de composição de tradição clássica, mas também pela surpreendente composição dos planos, que juntamente com a sombra acentuam a sua profundidade e permitem que se construa densidade matérica.

Désirée Pedro
Dezembro de 2013

Ciclo Pintado de Fresco

Pintado de fresco é um ciclo de exposições de Design e Arquitectura a ter lugar no edificio sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.

Vocacionada para o produção e divulgação da arte contemporânea, a programação do Capc tem, a espaços, tratado os temas da arquitectura e do design.

Estas disciplinas tem contribuído intensivamente para a o debate sobre a produção cultural na contemporaneidade pelo que se considera fundamental a sua inscrição regular na programação do CAPC.

Nos últimos anos um grande número de candidaturas a concursos nacionais e internacionais submetidas por jovens criadores portugueses de design e arquitectura tem sido premiado. Este brilho momentâneo não se traduz muitas vezes no reconhecimento público continuado destes autores, ficando esta informação entre os seus pares. Pretende-se com este ciclo dar visibilidade pública e potenciar a discussão que estes projectos e outros realizados no silêncio do atelier, das edicões e das obras suscitam. Sendo um projecto especialmente vocacionado para os alunos de Design, Arquitectura e Estudos Artísticos – o público dominante de fruição artística em Coimbra – Pintado de fresco procura ampliar o campo de reflexão das exposições do CAPC.

Com este ciclo inaugura-se um núcleo de disciplinas de projecto – arquitectura e design – no CAPC. Este ciclo é uma co-produção do CAPC, do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra – DARQ – e da Licenciatura em Design e Multimédia, um curso lecionado pelo DARQ e pelo Departamento de Engenharia informática da mesma Faculdade.

N10-II Indoor

O Atelier COMOCO tem vindo a construir uma obra de grande consistência assente na experimentação e domínio de processos construtivos, da qual o N10-II Indoor, é um exemplo. Trata-se um pavilhão industrial, localizado na área industrial da Ponte de Eiras, em Coimbra norte, onde se situam 2 campos de futebol in-door, área de festas e respectivas valências de apoio.

O equipamento que o colectivo COMOCO projectou contém a recepção, os balneários e área de festas. É um objecto definido num gesto contido e eficaz, que delimita e organiza o programa funcional. Pelo modo como se afasta da entrada e encosta lateralmente à preexistência, o espaço intersticial ganha uma nova e surpreendente intencionalidade espacial.

Acede-se a esta nave por uma porta tratada como uma caixa, que se projecta de dentro para fora, anunciando o ritmo da caixa interior. A rampa que prolonga a base sobre a qual pousa a nova intervenção e a modelação do revestimento em aço, formalizam o pórtico, marcando inequivocamente, mas sem monumentalidade, a entrada. O confronto entre escalas que resulta deste novo objecto, caixa horizontal que se posiciona perpendicularmente ao eixo longitudinal das naves do pavilhão, cria uma tensão, resolúvel, entre ambas. Neste espaço preexistente disponível para ser intervencionado, que aponta direcções e eixos perspéticos, a proposta procura contrariar a evidência, ou melhor, o expectável, sem criar ruptura. Assim a caixa resulta de uma estrutura porticada em madeira, de secção delgada, que desenha com um rigor absoluto uma métrica que se repete em todo o comprimento e largura. Este ritmo é acentuado quer pela quadricula da cobertura em mdf quer pelo prolongamento perimetral da sombra dos pilares, através do revestimento no mesmo material. Consegue-se com este ritmo sequencial criar um jogo cénico entre o cheio e o vazio. Cénico porque recorre ao uso da luz, mas sobretudo à sombra, conseguindo assim criar a ilusão da massa onde apenas existem intersecções de planos. Consegue-se então percepcionar numa primeira leitura a quadrícula da cobertura como se tratasse de um tecto de caixotões, mas imediatamente essa ilusão é quebrada quando percorrido porque se mostram as paredes e tectos da nave. O uso dramático da sombra possibilita então uma surpreendente leitura do espaço.

Este rigor conceptual e construtivo ganha novas possibilidades semânticas, pelo modo como se usam os planos que definem e encerram os programas, marcando as entradas, corredores de distribuição e a “sala” onde se realizam as festas. A utilização dos materiais crus, sem acabamento, a par da assunção de ferragens de ligação e de deslizamento de portas, procura um despojamento de acabamentos, procura a verdade dos materiais. Esta opção revela-se ainda no embasamento da caixa, onde o betão afagado apresenta uma estereotomia resultante da estrutura porticada e da quadricula da cobertura.

Esta obra é inteligente e de uma grande eficácia, pela capacidade de construir um espaço rigoroso conceptualmente e construtivamente, inscrito numa matriz de composição de tradição clássica, mas também pela surpreendente composição dos planos, que juntamente com a sombra acentuam a sua profundidade e permitem que se construa densidade matérica.

Désirée Pedro
Dezembro de 2013

Ciclo Pintado de Fresco

Pintado de fresco é um ciclo de exposições de Design e Arquitectura a ter lugar no edificio sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.

Vocacionada para o produção e divulgação da arte contemporânea, a programação do Capc tem, a espaços, tratado os temas da arquitectura e do design.

Estas disciplinas tem contribuído intensivamente para a o debate sobre a produção cultural na contemporaneidade pelo que se considera fundamental a sua inscrição regular na programação do CAPC.

Nos últimos anos um grande número de candidaturas a concursos nacionais e internacionais submetidas por jovens criadores portugueses de design e arquitectura tem sido premiado. Este brilho momentâneo não se traduz muitas vezes no reconhecimento público continuado destes autores, ficando esta informação entre os seus pares. Pretende-se com este ciclo dar visibilidade pública e potenciar a discussão que estes projectos e outros realizados no silêncio do atelier, das edicões e das obras suscitam. Sendo um projecto especialmente vocacionado para os alunos de Design, Arquitectura e Estudos Artísticos – o público dominante de fruição artística em Coimbra – Pintado de fresco procura ampliar o campo de reflexão das exposições do CAPC.

Com este ciclo inaugura-se um núcleo de disciplinas de projecto – arquitectura e design – no CAPC. Este ciclo é uma co-produção do CAPC, do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra – DARQ – e da Licenciatura em Design e Multimédia, um curso lecionado pelo DARQ e pelo Departamento de Engenharia informática da mesma Faculdade.

Artists

COMOCO Arquitectos

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Tuesday to Saturday 2 p.m. to 6 p.m.

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Notícias Associadas

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Technical sheet

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N10 Indoor COMOCO arquitectos
Luís Miguel Correia
Nelson Mota
Susana Constantino

Localização
Ponte de Eiras, Coimbra

Promotor N10 Indoor Arquitectura
Luis Miguel Correia
Nelson Mota
Susana Constantino

Obra
2011/2012
Área pavilhão: 2385.00 m2
Equipamento madeira: 665.00 m2

Especialidades
MyOption

Empresa Construtora
Timotec
Flexifusao, Lda

Fotografia
FG+SG - Fotografia de Arquitectura

Maquete
Ana Teresa Figueiredo

Esta obra venceu o Premio Nacional de Arquitectura em Madeira Edição 2013.

Ficha técnica Exposição

Organização
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra

Montagem
Círculo de Artes Plásticas

Secretariado
Ivone Antunes

Texto
Désirée Pedro

Direção de Arte
Artur Rebelo
Lizá Ramalho
João Bicker

Design Gráfico
unit-lab, por
Francisco Pires e Marisa Leiria

Support

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